Raymundo Felicíssimo Colares (MG 1944 - MG
1986). Pintor, desenhista.
Estuda, em 1966, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA/UFRJ), no Rio de Janeiro. Nessa época, torna-se amigo dos artistas Antonio Manuel e Hélio Oiticica. No ano seguinte, deixa a EBA e passa a frequentar o ateliê livre de Ivan Serpa, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). No mesmo ano, a convite de Antonio Dias, participa da exposição Nova Objetividade Brasileira, no MAM/RJ.
Estuda, em 1966, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA/UFRJ), no Rio de Janeiro. Nessa época, torna-se amigo dos artistas Antonio Manuel e Hélio Oiticica. No ano seguinte, deixa a EBA e passa a frequentar o ateliê livre de Ivan Serpa, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). No mesmo ano, a convite de Antonio Dias, participa da exposição Nova Objetividade Brasileira, no MAM/RJ.
A partir
de 1968, passa a produzir os "gibis" - livros-objeto, nos quais explora
as dobras e cores do papel, cujas folhas devem ser manuseadas pelo
espectador. Apresenta, em 1969, os primeiros trabalhos tridimensionais,
nos quais utiliza alumínio pintado. Para o crítico Frederico Morais, seus gibis remetem ao Livro da Criação, de Lygia Pape (1927-2004),
por serem obras em processo em que as imagens se fazem ou desfazem à
medida que as páginas são movimentadas. Os cortes oferecem sucessivas
surpresas, revelando ao mesmo tempo um caráter lúdico. Nessas obras,
Colares presta homenagem a alguns artistas, como naquela em que se
baseia em telas de Mondrian (1872-1944).
Chamas (gibi/livro-objeto)
Foi um artista que se inspirou, principalmente em pinturas e desenhos que mostravam rapidez e correria. Vivia
em um bairro no Rio de Janeiro que era muito corrido, cheio de carros,
movimentação, e , assim, sua criatividade surgiu e fez os quadros. Colares
emprega a fragmentação da imagem, representando ônibus em vários
ângulos, em enquadramento cinematográfico. O artista utiliza
principalmente as cores primárias, em tons fortes. Como nota o crítico
Paulo Venâncio Filho, a força das telas de Colares provém mais da
sensação de impacto do que da sensação de velocidade.
Raymundo Colares reúne em suas obras tendências como o Construtivismo e a Arte Pop. Ele reconhece a relação com o Futurismo
italiano na preocupação em representar o dinamismo e a velocidade da
vida moderna. Utiliza o tema da interpenetração de ritmos visuais
relacionados ao movimento de veículos em velocidade em uma grande
cidade. Emprega tintas metálicas para representar carrocerias de ônibus,
reconhecíveis pelo esquema de cores e números, usados também como
marcas da sociedade industrial. Preenche totalmente as telas com esses
signos, não deixando nenhuma área livre. O ser humano e a própria
paisagem urbana estão ausentes de suas telas. Para alguns críticos, sua
produção mantém afinidades com a obra do pintor americano Allan
D'Arcangelo (1930-1998), ao aproximar geometria e organicidade e
abstração e figura.
Tentativa de Ultrapassagem , s.d.
110 x 100 cm
Coleção João Sattamini/Comodante Museu de Arte Contemporânea da Prefeitura de Niterói
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Coleção João Sattamini/Comodante Museu de Arte Contemporânea da Prefeitura de Niterói
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Ônibus , 1968 -
emulsão acrílica sobre tela -70 x 75 cm
Coleção Gilberto Chateaubriand
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Coleção Gilberto Chateaubriand
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Ultrapassagem Pista Livre , 1968 - esmalte sintético sobre madeira
- 160 x 160 cm
Coleção João Sattamini/Comodante Museu de Arte Contemporânea da Prefeitura de Niterói
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Coleção João Sattamini/Comodante Museu de Arte Contemporânea da Prefeitura de Niterói
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Orgia , 1968
- esmalte sintético sobre madeira
- 118 x 117 cm
Coleção João Sattamini/Comodante Museu de Arte Contemporânea da Prefeitura de Niterói
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Coleção João Sattamini/Comodante Museu de Arte Contemporânea da Prefeitura de Niterói
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Ônibus , 1969
- pintura sobre metal
- 83 x 228 cm
Coleção Gilberto Chateaubriand
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Coleção Gilberto Chateaubriand
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Sem Título , 1969
- tinta esmalte industrial sobre metal (alumínio)
- 100 x 232 cm
Coleção João Sattamini/Comodante Museu de Arte Contemporânea da Prefeitura de Niterói
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Coleção João Sattamini/Comodante Museu de Arte Contemporânea da Prefeitura de Niterói
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Fontes: