Este blog destina-se a complementar e enriquecer os conteúdos abordados em sala de aula, das turmas de Ensino Médio do Colégio Estadual Círculo Operário - CECO (Xerém - Duque de Caxias/RJ). Serão postados textos, atividades e produções dos alunos como fonte complementar de pesquisa e exposição virtual visando dinamizar e diversificar o método de ensino-aprendizagem.
Uma das manifestações artísticas mais interessantes do século XXI são as intervenções artísticas nos ambientes urbanos. Esses trabalhos trouxeram novas possibilidades visuais onde não eram imaginados, aliás, onde não eram explorados. As intervenções nasceram basicamente no universo “underground” do século XX, mas é fato que esse tipo de trabalho veio das Instalações ou Ambientes Artísticos e influenciadas pela Arte Conceitual. As instalações são manifestações artísticas onde uma obra é exposta em um ambiente fechado ou aberto, já no caso das intervenções são em ambientes abertos. Pode-se pensar que essas duas definições são parecidas, mas não são. As Instalações se iniciam de uma proposta de “espaço limpo” e as Intervenções de uma proposta de “espaço a ser explorado”. As intervenções variam nas suas estruturas, mas tem um apelo reflexivo, político-social, didático, confrontador, ideológico ou simplesmente humorísticos.
Essa tendência em ‘desmusealizar’ a obra de arte, tornando-a interativa com manifestações culturais de outra linguagem ou natureza, ocupando espaços públicos e abertos, vai também rediscutir modelos canônicos impostos à arte pelo sistema da tradição museológica e os atuais modelos de política de democratização para o acesso à cultura visual contam com a intervenção urbana para redimensionar o espaço de convivência nas artes contemporâneas.
Alguns artistas e grupos que indico e que devem ser pesquisados e observados são: 3nós3, Manga Rosa, Arte Coletivos, Filthy Luker, Frente 3 de Fevereiro, Kevin Ledo, Mark Jenkins, Banksy, Zezão (grafiteiro), Os Gêmeos (grafiteiros), Nina Pandolfo (grafiteira), Alexandre Orion, Alex Vallauri, Jean Michel Basquiat, Keith Haring, entre outros.
Vídeo Art Experimental - Tema: Pop-Arte/Consumismo - 2013
O objetivo do trabalho é mostrar o quanto somos consumistas, e o quanto contraditórios esse tipo de comportamento nos leva a ser, pois ao mesmo tempo em que a mídia nos vende produtos industrializados e inadequados a uma vida saudável, ela nos vende a ideia de corpo perfeito e hábitos alimentares que, supostamente, nos levarão a ter uma vida mais longa. No final de tudo, todos nós, somos o que consumimos.
Videoarte - corpo e estética
A ilusão da realidade - Vídeoarte - 2013
Vídeoarte - Água e Tinta - 2013
Faça também sua vídeoarte - 2007
Uma vídeoarte sobre a própria vídeoarte
Outros vídeos do mesmo autor podem ser vistos clicando aqui.
Vídeoarte - Cotidiano
Reportagem sobre Vídeoarte - 2010
Balé na estrada - Marcos Paula - 2010
Tema: Movimento
O autor do vídeo coloca nas imagens de forma poética a sua frustração
por sua não aproximação à condução de veículos.
Outras produções do mesmo autor podem ser vistas clicando aqui.
A Grande Parada, 1999 - Nelson Leirner - Somando mais 1900 peças às 600 peças usadas no Grande Desfile, Nelson monta para a 48a Bienal de Veneza esta grande instalação. Num regimento triangular que ocupou um imenso espaço do chão, praticamente toda a sala. A fila da frente era maior e aos poucos ia diminuindo, até que a última fila apresentava uma estátua, a do Cristo, que vinha resguardando toda a multidão.
Este grupo apresentava-se de costas para a série de Mona Lisas. Fixada na parede de fundo da sala. Podemos questionar sobre o fato do regimento, que se apresenta no chão, dar as costas às obras resultantes de apropriações de imagens que nos remetem ao mesmo tempo à Duchamp e a Da Vinci. Será que estaria contida na escolha, a negação a este festo, por parte do autor? Queria Nelson das as costas às referencias históricas da arte, em seu próprio trabalho? Por outro lado, apesar de estarem de costas para as obras, o triângulo construído pela disposição das peças no chão, forma uma seta que, aponta diretamente para a parede onde a série está colocada.
Texto: Vera Hermano - A Apropriação na obra de Nelson Leirner
Os Núcleos são compostos de placas de madeira quadradas ou retangulares, em tamanhos variados, que são expostas suspensas e agrupadas. A proposta desta obra é uma volta ao núcleo da cor, ser uma forma de movimentar virtualmente a cor. Para que se possa absorver o desdobramento da cor no Núcleo é preciso que o participador adentre a estrutura de placas coloridas, cercando-se delas, vendo-as por todos os ângulos.
Penetrável - Hélio Oiticica Penetrável foi o termo utilizado por Hélio Oiticica para o que é chamado de "instalação artística" na Arte Contemporânea. É um espaço em forma de labirinto no qual o espectador entra e, nele, passa por experiências sensoriais referentes ao tato, olfato, audição, e até paladar, além da experiência visual. Não é uma obra de arte para ser apenas observada, sua proposta é ser vivenciada. Durante a ditadura militar, esta foi a saída encontrada por Oiticica para que as pessoas tomassem consciência, num trajeto não convencional: através das sensações corpóreas o indivíduo toma consciência de si corporalmente; depois disso, toma consciência de si enquanto indivíduo; em seguida percebe seu lugar na sociedade e assim tomará partido.
Penetrável Éden - Hélio Oiticica Composto por seis penetráveis, que nos proporcionam experiências com água, areia, folhas, pedras, cobertores e música.
um pouco da cultura brasileira e propõe a participação do público.
O Happening e as Instalações Teatrais - 2012
No início do vídeo o grupo mostra o ensaio para a
apresentação do trabalho e a partir de 4':56" começa o Happening de fato.
Observe as palavras escritas no painel atrás do grupo e também
as ações e a interação proposta ao público presente.
"Empurre e puxe" (1963) - Allan Kaprow
É um Happening-instalação participativo em que os visitantes organizam e reorganizam objetos domésticos e lixo em um cenário. O trabalho foi originalmente concebido como uma homenagem ao professor de pintura de Allan Kaprow, Hans Hoffman, que muitas vezes usou o "empurre e puxe" para descrever uma dinâmica em suas aulas de composição. Kaprow expandiu o conceito de Hoffman, movendo-a para além da tela e levando-o para o espaço social. Os participantes de "Empurre e puxe" planejam e implementam alterações no espaço da galeria, de maneira cooperativa ou competindo uns com os outros em uma constante dança dos móveis. A obra é um microcosmo das tensões envolvidas em todas as negociações espaciais em ambientes urbanos.
Os trabalhos mais conhecidos da artista são suas performances da série “Homem=carne/Mulher=carne” como, por exemplo, “O puxador”. Neste trabalho, um homem veste apenas uma mochila da qual saem cordas compridas que atravessam a janela e prendem-se em árvores externas ao espaço expositivo. Ele tenta, durante horas e com todas as suas forças, trazer a paisagem para dentro do espaço. Ações repetidas, exaustivas e de certa forma condenadas a não se realizarem são uma marca de sua produção. O fato de a artista não realizar ela mesma as suas performances revela uma parte importante de seu pensamento. Aqui não está mais em jogo a utilização do corpo do artista como suporte para obras de arte, tampouco se atribui a sua exibição no meio artístico algum poder de choque. O vídeo acima mostra a performance apresentada no Museu Universitário da Cidade do México - MUAC e o evento durou cerca de quatro horas, mas apenas no dia da abertura. Nos outros dias o público pôde ver os pedaços de corda e a mochila no chão. É interessante observar a quantidade de concentração que é colocada em sua obra. O esforço foi tanto mental quanto físico. Na verdade, a distinção aqui é irrelevante: puxar a paisagem para a galeria só se torna possível transformando o esforço físico, sobre-humano, de desenraizamento de sete palmeiras no esforço mental de reconstrução da paisagem na mente/corpo do "Puxador".
Marina Abramovic - Performance MoMa
Marina Abramovic e Ulay - MoMa 2010
Abate - Geh Lima - 2012
Performance do Curso de Artes Visuais da Unigranrio - 2010