Definição
A noção de expressionismo abstrato, utilizada pela primeira vez em 1952 pelo crítico H. Rosenberg, refere-se a um movimento artístico que tem lugar em Nova York, no período imediatamente após a Segunda Guerra Mundial. Trata-se do primeiro estilo pictórico norte-americano a obter reconhecimento internacional. Os Estados Unidos surgem como nova potência mundial e centro artístico emergente, beneficiado, em larga medida, pela emigração de intelectuais e artistas europeus, Arshile Gorky (1904 - 1948), emigrante armênio, considerado um dos primeiros expressionistas abstratos, atua como importante mediador entre as vanguardas européias - sobretudo o surrealismo e o cubismo de Pablo Picasso (1881 - 1973) - e os artistas norte-americanos. Como principais representantes desse movimento artístico temos: Jackson Pollock (1912 - 1956), Mark Rothko (1903 - 1970), Adolph Gottlieb (1903 - 1974), Willem de Kooning (1904 - 1997), Ad Reinhardt (1913 - 1967).
A noção de expressionismo abstrato, utilizada pela primeira vez em 1952 pelo crítico H. Rosenberg, refere-se a um movimento artístico que tem lugar em Nova York, no período imediatamente após a Segunda Guerra Mundial. Trata-se do primeiro estilo pictórico norte-americano a obter reconhecimento internacional. Os Estados Unidos surgem como nova potência mundial e centro artístico emergente, beneficiado, em larga medida, pela emigração de intelectuais e artistas europeus, Arshile Gorky (1904 - 1948), emigrante armênio, considerado um dos primeiros expressionistas abstratos, atua como importante mediador entre as vanguardas européias - sobretudo o surrealismo e o cubismo de Pablo Picasso (1881 - 1973) - e os artistas norte-americanos. Como principais representantes desse movimento artístico temos: Jackson Pollock (1912 - 1956), Mark Rothko (1903 - 1970), Adolph Gottlieb (1903 - 1974), Willem de Kooning (1904 - 1997), Ad Reinhardt (1913 - 1967).
Se é difícil falar em único estilo diante da diversidade
das obras produzidas, algumas figuras e técnicas acabam diretamente
associadas ao expressionismo abstrato, por exemplo, Pollock e sua
"pintura de ação" [action painting]. Ele retira a tela do cavalete,
colocando-a no solo. Sobre ela, a tinta é gotejada e/ou atirada ao ritmo
do gesto do artista, que gira sobre o quadro ou se posta sobre ele. A
nova atitude, física inclusive, do artista diante da obra subverte a
imagem do pintor contemplativo e mesmo a do técnico ou desenhista
industrial que realiza o trabalho de acordo com um projeto prévio.
Descartada também está a noção de composição, ancorada na identificação
de pontos focais na tela e de partes relacionadas. A obra de arte, fruto
de uma relação corporal do artista com a pintura, nasce da liberdade de
improvisação, do gesto espontâneo, da expressão de uma personalidade
individual. As influências do automatismo surrealista parecem evidentes.
Aí estão a mesma ênfase na intuição e no inconsciente como fonte de
criação artística, embora permeada por uma forte presença do corpo e dos
gestos. Nas formas alcançadas, nota-se a distância em relação à
abstração geométrica e as afinidades com o biomorfismo surrealista, no
qual as formas obtidas - próximas às formas orgânicas - enfatizam as
ligações entre arte e vida, entre arte e natureza.
Os emaranhados de linhas e cores que explodem nas telas de Pollock afastam qualquer idéia de mensagem a ser decifrada. Do mesmo modo que os quadros de Rothko, com suas faixas de pouco brilho e sutis passagens de tons, ou mesmo as soluções figurativas de De Kooning, não querem oferecer uma chave de leitura. A ausência de modelos, a idéia de espontaneidade relacionada ao trabalho artístico e o gesto explosivo do pintor que desintegra a realidade não impedem a localização de problemáticas que pulsam nas obras produzidas. A preocupação com um retorno às origens, interpretada como busca de forças elementares e emoções primárias, é uma delas. A isso liga-se o interesse pelo pensamento primitivo - visto como alternativa à racionalidade ocidental -, a retomada de heranças arcaicas e certa concepção de natureza como manancial de forças, instintos e metamorfoses.
Os emaranhados de linhas e cores que explodem nas telas de Pollock afastam qualquer idéia de mensagem a ser decifrada. Do mesmo modo que os quadros de Rothko, com suas faixas de pouco brilho e sutis passagens de tons, ou mesmo as soluções figurativas de De Kooning, não querem oferecer uma chave de leitura. A ausência de modelos, a idéia de espontaneidade relacionada ao trabalho artístico e o gesto explosivo do pintor que desintegra a realidade não impedem a localização de problemáticas que pulsam nas obras produzidas. A preocupação com um retorno às origens, interpretada como busca de forças elementares e emoções primárias, é uma delas. A isso liga-se o interesse pelo pensamento primitivo - visto como alternativa à racionalidade ocidental -, a retomada de heranças arcaicas e certa concepção de natureza como manancial de forças, instintos e metamorfoses.
Jackson Pollock - Action Painting
Jackson Pollock
Willen De Kooning
Mark Rothko
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