Anos 50 no Brasil: Concretismo
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Concretismo: expressão dada pelo holandês Van Doesburg para designar os artistas que “construíam” uma
nova estrutura de cor e espaço;
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As obras do
Concretismo fogem da realidade e negam os conceitos acadêmicos da arte;
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Os poucos
artistas brasileiros que se dedicam ao Concretismo, baseavam seus estudos em
artistas do exterior (Kandinsky, Mondrian, Klee, Malevitch, Tatlin) .
Grupo Ruptura/SP (1952)
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Um grupo de sete
artistas, a maioria de origem estrangeira residentes em São Paulo: Anatol
Wladyslaw, Leopoldo Haa, Lothar Charoux, Féjer, Geraldo de Barros, Luiz
Sacilotto, e o porta-voz oficial do grupo, Waldemar Cordeiro.
Em seu manifesto, pretende-se romper com o "velho“, ou seja,
"todas as variedades do naturalismo; o não-figurativismo, produto do gosto
gratuito, que busca a mera excitação do prazer ou do desprazer"; Para
eles, toda obra de arte possui uma base racional, em geral matemática. Na
pintura, esses princípios correspondem à crítica do ilusionismo pictórico, à
recusa do tonalismo cromático e à utilização dos recursos ópticos para a
criação do movimento virtual. Lançam mão também do uso de materiais como esmalte, tinta industrial, acrílico e
aglomerado de madeira, destacando a atenção do grupo ao desenvolvimento de materiais industriais.
Grupo Frente/RJ (1954)
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É mais livre
de regras. Formados por Ivan
Serpa, Ferreira Gullar, Lygia Clark, Lygia Pape, Aluísio Carvão, Carlos Val,
João José da Silva Costa, Vicent Ibberson, Emil Baruch, Franz
Weissmann, César Oiticica, Hélio Oiticica, Rubem Ludolf, Elisa Martins da
Silveira, Décio Vieira e Abraham Palatinik. Os
concretistas de São Paulo sempre acusavam os cariocas de não seguirem ou
destorcerem as regras. O uso livre da cor pelos cariocas fez que com os
paulistas dissessem que estavam ainda longe do verdadeiro Concretismo. As
propostas e embates entre os grupos Ruptura e Frente, foram importantes para o
desenvolvimento da modernização da Arte brasileira, por permitir novas
linguagens o grupo do Rio de janeiro progrediu mais em suas teorias.
Grupo Frente x Grupo Ruptura
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A 1ª
Exposição Nacional de Arte Concreta, organizada pelos concretos de
São Paulo com a colaboração do grupo carioca torna evidente a distância entre
os dois núcleos concretistas;
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A exposição
também ajuda a revelar a amplitude que a Arte abstrato-geométrica de matriz
construtiva e concreta, havia adquirido no Brasil. Após a mostra, o Grupo
Frente simultaneamente rompe com os artistas de São Paulo e começa a se
desintegrar. Dois anos depois, alguns de seus integrantes iriam se agrupar para
iniciar o Movimento Neoconcreto um dos mais significativos da
Arte brasileira.
Anos 50 no Brasil: Neoconcretismo
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A ruptura
neoconcreta na Arte brasileira data de março de 1959, com a publicação do Manifesto
Neoconcreto pelo grupo de mesmo nome, e deve ser compreendida a partir
do movimento concreto no país, que remonta ao início da década de 1950 e aos
artistas do Grupo Frente, no Rio de Janeiro, e do Grupo
Ruptura, em São Paulo;
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O Neoconcretismo
parte de uma aproximação entre trabalho artístico e industrial;
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Da arte é
afastada qualquer conotação lírica ou simbólica;
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O quadro,
construído exclusivamente com elementos plásticos - planos e cores -, não tem
outra significação senão ele próprio;
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Menos do que
representar a realidade, a obra de arte evidencia estruturas e planos
relacionados, formas seriadas e geométricas, que falam por si mesmos;
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Os neoconcretos
defendem a liberdade de experimentação, o retorno às intenções expressivas e o
resgate da subjetividade;
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Recuperação das
possibilidades criadoras do artista;
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Incorporação
efetiva do observador - que ao tocar e manipular as obras torna-se parte delas,
ou seja, participação do espectador no jogo da experiência estética;
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Tentativa de
renovação da linguagem geométrica;
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O Movimento
Neoconcreto é visto como divisor de águas na história das artes visuais no
Brasil; um ponto de ruptura da Arte Moderna no país;
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Dois dos
principais integrantes do Grupo Frente que deram origem a este Movimento foram:
Ferreira Gullar e Lygia Clark.
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