quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Op Art (Arte Óptica)

Op Art ou Optical Art (abreviação inglesa para "Arte Óptica") é um termo usado para descrever a arte que explora a falibilidade do olho e pelo uso de ilusões ópticas. Esse estilo artístico nasceu e se desenvolveu simultaneamente nos Estados Unidos e na Europa nos anos 60. Defendia para arte "menos expressão e mais visualização". Apesar do rigor com que é construída, simboliza um mundo mutável e instável, que não se mantém nunca o mesmo.

Os artistas envolvidos com essa vertente realizam pesquisas que privilegiam efeitos ópticos, em função de um método ancorado na interação entre ilusão e superfície plana, entre visão e compreensão. Dialogando diretamente com o mundo da indústria e da mídia (publicidade, moda, design, cinema e televisão), os trabalhos da Op Art enfatizam a percepção a partir do movimento do olho sobre a superfície da tela. Nas composições - em geral, abstratas - linhas e formas seriadas se organizam em termos de padrões dinâmicos, que parecem vibrar, tremer e pulsar. O olhar, convocado a transitar entre a figura e o fundo, a passear pelos efeitos de sombra e luz produzidos pelos jogos entre o preto e o branco ou pelos contrastes tonais, é fisgado pelas artimanhas visuais e ilusionismos.

Victor Vasarely - Keple Gestalt (1968)
O húngaro Victor Vasarely (1908) é um dos maiores nomes da Op Art. A partir de 1930, em Paris, o artista começa a explorar efeitos ópticos pela utilização de dominós, tabuleiros de xadrez, dados, réguas, zebras e arlequins. Mas é a partir de 1947 que envereda pela abstração geométrica. A inglesa Bridget Riley (1931) é outro grande expoente da Op Art. Como os demais artistas ligados ao movimento, ela investiga formas e unidade seriadas para a composição de padrões gerais, que apelam diretamente à visão, pelos seus efeitos de vibração e ofuscamento. Ad Reinhardt - Pintor americano, nascido em Nova York. Artista e teórico, Reinhardt é mais conhecido por suas pinturas em preto, que marcam sua fase artística posterior a 1960. No Brasil, realizaram experiências ópticas em seus trabalhos: Lothar Charoux (1912-1987), Almir Mavignier (1925), Ivan Serpa (1923-1973), Abraham Palatnik (1928), entre outros. Nos anos 50 algumas pinturas de Luiz Sacilotto (1924-2003) antecipam questões que serão desenvolvidas posteriormente pela Op Art propriamente dita.

Principais características:
Bridget Riley - Loss (1964)

  • Combinação de cores frias, quentes e complementares;
  • Sobreposição de tramas geométricas;
  • Envolve procedimentos científicos e artísticos (contrastes, ondulações, interferências);
  • Estimula a retina;
  • Cria intensa instabilidade visual;
  • Tons vibrantes, círculos, concêntricos e formas que parecem pulsar;
  • Confusão de figura e fundo;
  • Ilusão de movimento, volume e profundidade;
  
Para visualizar outras imagens que misturam Arte e ilusão de óptica acesse: OP ART

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