A palavra
minimalismo se refere a uma série de movimentos artísticos e culturais que
percorreram diversos momentos do século XX e que preocuparam-se em se exprimir
através de seus mais fundamentais elementos, especialmente nas artes visuais,
no design, na música e na própria tecnologia. O minimalismo nas artes plásticas
surge após o ápice do expressionismo abstrato nos Estados Unidos, movimento
esse que marcou a mudança do eixo artístico mundial da Europa para os Estados
Unidos. Contrapondo-se a esse movimento, o minimalismo procurava através da
redução formal e da produção de objetos em série, que se transmitisse ao
observador uma percepção fenomenológica nova do ambiente onde se inseriam.
Exemplo desse projeto estaria nas obras de Dan Flavin, que através de tubos
luminosos modifica o ambiente da galeria. O caráter geométrico demonstra forte
influência construtivista, e a limpeza formal influência de Brancusi, mas o
intuito dos artistas minimalistas difere radicalmente de ambos os casos.
Sol Lewitt, Pirâmide VI,
1990
Dan Flavin, Sem título,
1972/1975
Sol Lewitt, Peça de canto,
1976
O minimalismo propriamente dito
surgiu de artistas como Sol LeWitt, Frank Stella, Donald Judd, Dan
Flavin e Robert Smithson. Muitos outros artistas contribuíram de
maneira importante ao movimento, entretanto, estes parecem exemplificá-lo em
suas diversas áreas. A produção destes
artistas, em geral, tendia a ultrapassar os conceitos tradicionais sobre a
necessidade do suporte: procuravam estudar as possibilidades estéticas de
composição não através de pinturas ou esculturas, mas a partir de estruturas bi
ou tridimensionais que podem ser chamadas de "objetos" (ou ainda,
"não-objetos", dada a sua inutilidade) e eventualmente de
instalações. Desta forma, não se submetiam à limitação que se fazia entre o
campo da pintura e o campo da escultura, indo além destes conceitos.
Um dos principais protagonistas da
arte minimalista, Sol Lewitt
criou, nos anos 60, estruturas compostas de elementos cúbicos ou derivadas do
cubo, em variações organizadas sobre uma grade. Eram volumes simples, que
convidavam o espectador um reconstruir o retrato mental das variações possíveis
de uma figura.
Lewitt Trabalhou, em seguida, com
murais, e detalhou as relações entre concepção e percepção, volume e
superfície. Enquanto análise dos princípios fundamentais do desenho, essas
obras refletem uma lógica das permutações e variações. A partir do final dos
anos 1970, o artista concentrou-se em seus "Desenhos Murais", cada
qual concebido para um local específico e refletindo as lições que ele extraiu
dos afrescos da Renascença italiana e do designo. As cores tornaram-se mais
dominantes nessas obras e as figuras foram tratadas como formas tridimensionais
achatadas. Desde o início de sua carreira, Sol Lewitt dedicou-se a mudar nossa
compreensão das convenções pela alteração de nossos sentidos.
Principais características do Minimalismo:
- Elaboração de obras (pinturas, esculturas, músicas, peças de teatro) com a utilização do mínimo de recursos;
- Elaboração de obras (pinturas, esculturas, músicas, peças de teatro) com a utilização do mínimo de recursos;
- Utilização de poucas cores nas pinturas;
- Nas artes plásticas, destaque para
o uso de formas geométricas com repetições simétricas;
- Criação de músicas com poucas
notas musicais, valorizando a repetição sonora.
Também notáveis são os pós-minimalistas, incluindo Martin Puryear, Tyrone Mirchell, Melvin Edwards e Joel Shapiro. O ponto chave do pós-minimalismo são as frequentes referências distintas aos objetos sem representação direta. Isto tem se tornado uma linha predominante na escultura moderna.