Correspondência com valor artístico
Na década
de 1960, correspondências trocadas entre artistas plásticos deram origem a mais
uma forma de expressão da arte contemporânea: a arte postal (mail art).
Nessa mesma época, Ray Johnson cria, em Nova York, nos Estados Unidos, a Correspondance
Art School (Escola de Arte por Correspondência).
Em 1963, Ray Johnson escreve uma carta num envelope, usando a frente e o verso. Ele rompe, assim, com o conceito de privado e reproduz, de maneira pública, dialogando com outra pessoa, a sua aparente intimidade.
Em 1963, Ray Johnson escreve uma carta num envelope, usando a frente e o verso. Ele rompe, assim, com o conceito de privado e reproduz, de maneira pública, dialogando com outra pessoa, a sua aparente intimidade.
A mail
art consistia em trocar mensagens criativas utilizando o sistema de
correios. Ela surgiu como uma alternativa aos meios convencionais das
exposições de arte (Bienais, Salões, etc.) e tem características próprias do
período em que apareceu (dialoga, portanto, com a Guerra Fria,
no contexto mundial, ou com a ditadura
militar, no contexto brasileiro). Ou seja, seu objetivo era veicular
informação, protesto e denúncia.
A arte postal se caracteriza por ser um meio de expressão livre, no qual envelopes, telegramas, selos ou carimbos postais são alguns dos suportes em que é possível a expressão da sensibilidade. Os artistas utilizam, principalmente, técnicas como colagens, fotografia, escrita ou pintura. A única limitação real à utilização de diferentes técnicas e suportes é a possibilidade de envio dos trabalhos pelo correio.
Nos anos 60, a arte postal foi uma forma de expressão entre artistas que se conheciam. Porém, na década de 70, todos os interessados em fazer arte já podiam participar - e, a partir de 1980, museus e universidades começaram a valorizar a arte postal. No Brasil, a Arte Postal chegou num momento de censura, quando muitos artistas, para poderem se expressar, acabam aderindo à Arte Conceitual - e, portanto, a uma de suas formas, a Arte Postal. Um artista brasileiro que podemos citar é o pernambucano Paulo Bruscky, que organizou, em 1975, no Recife, juntamente com Daniel Santiago e Ypiranga Filho, a 1ª Exposição Internacional de Arte Postal, fechada pela censura do regime militar.
A arte postal se caracteriza por ser um meio de expressão livre, no qual envelopes, telegramas, selos ou carimbos postais são alguns dos suportes em que é possível a expressão da sensibilidade. Os artistas utilizam, principalmente, técnicas como colagens, fotografia, escrita ou pintura. A única limitação real à utilização de diferentes técnicas e suportes é a possibilidade de envio dos trabalhos pelo correio.
Nos anos 60, a arte postal foi uma forma de expressão entre artistas que se conheciam. Porém, na década de 70, todos os interessados em fazer arte já podiam participar - e, a partir de 1980, museus e universidades começaram a valorizar a arte postal. No Brasil, a Arte Postal chegou num momento de censura, quando muitos artistas, para poderem se expressar, acabam aderindo à Arte Conceitual - e, portanto, a uma de suas formas, a Arte Postal. Um artista brasileiro que podemos citar é o pernambucano Paulo Bruscky, que organizou, em 1975, no Recife, juntamente com Daniel Santiago e Ypiranga Filho, a 1ª Exposição Internacional de Arte Postal, fechada pela censura do regime militar.
Arte postal em tempos de e-mail
E hoje em
dia? Quase não escrevemos ou recebemos mais cartas, não é mesmo? Então, como
esse tipo de expressão artística sobreviveria no mundo da não correspondência
de papel? No final dos anos 80 o movimento de arte postal perdeu força,
especialmente junto aos artistas que trabalhavam esse veículo como forma de
protesto. No entanto, nos anos 90,
a arte postal iniciou seu diálogo com as novas mídias. E
foi na internet que os artistas encontraram um meio privilegiado para novas
experimentações, inaugurando novas poéticas, novos canais de participação, de
mobilização e de divulgação da arte postal.
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